sexta-feira, 16 de julho de 2010

Que tal utilizar o CONTO como ferramenta de apoio à alfabetização?



O gosto pela leitura pode ser cultivado desde a alfabetização. Michel Dabene, pesquisador francês na área da leitura, sugere mostrar ás crianças que saber ler é “fazer acordar as histórias” que dormem nos livros. Atividades de leitura bem selecionadas mostram aos alunos que eles se alfabetizam para aprender, para divertir-se, e para fins práticos, como ler um cartaz, um aviso. Essa sensibilização deve ser acompanhada de atividades de leitura livre, não guiada. As diferentes hipóteses de leitura (memorização de texto, adivinhação do que pode estar escrito, invenção de história a partir da gravura) podem ser feitas desde muito cedo. A criança vai se enganar, compreender mal, não importa, diz o autor. O importante é o que ela faz para entender bem (apud CARVALHO, 2005, p.67 e p.68).

O conto já foi um dos métodos globais de ensino, começando a ser aplicado nos Estados Unidos da América do Norte no fim do século XIX. (CARVALHO, 2005). Consistia em iniciar o ensino da leitura a partir de pequenas histórias, adaptadas ou criadas pelos professores. O pressuposto era explorar o grande prazer da criança em ouvir histórias para introduzi-la ao conhecimento da base alfabética da língua e ao gosto pela leitura.


O processo envolvia análise das partes maiores (o texto, as frases) para chegar às partes menores (palavras, sílabas), por isso o método global era também chamado analítico. (CARVALHO, 2005).

Segundo Maciel, (2000), a Professora Lúcia Casasanta, que ensinava metodologia da linguagem na Escola de Aperfeiçoamento de Professores de Minas Gerais foi a grande divulgadora do método global de contos “como mais adequado para a aprendizagem inicial da leitura para crianças e durante cinco décadas (de 1920 a 1970) formou várias gerações de alfabetizadoras”. (apud CARVALHO, 2005, p.33).

Nenhum comentário:

Postar um comentário