sexta-feira, 27 de maio de 2011

CELEUMA DO FALAR "ERRADO" OU "ELADO":

Existe na língua portuguesa uma tendência natural em transformar em R o L dos encontros consonantais, e este fe nômeno tem até um nome complicado: rotacismo. Quem diz broco em lugar de bloco não é "burro", não fala "errado" nem é "engraçado", mas está apenas acompanhando a natural inclinação rotacizante da língua. O que era L em latim, nessas palavras, permaneceu L em francês e em espanhol, mas em português se transformou em R. Já em italiano, só para vocês saberem, este mesmo L virou um I: fiamma("flama"), fiore("flor"), pianta ("planta").

Para provar que as características do PNP (português não-padrão) não são "erros" pode-se recorrer a duas estratégias principais:

Primeiro, comparar o PNP com outras línguas vivas e mostrar que nelas também ocorrem fenômenos (e não "erros") semelhants.

Segundo, buscar na história da própria norma-padrão as explicações para determinadas características que aparentemente são exlcusivas do PNP.

Recorrer a história da língua é uma tentativa de mostrar que a língua portuguesa, em todas as suas variedades, continua em transformação, continua mudando, caminhando para as formas que terá daqui a algum tempo. Da mesma maneira como o latim foi se transformando lentamente até resultar nas diversas línguas românticas hoje existentes - italiano, romeno, romanche, francês, provençal, sardo, catalão, espanhol, português -, também cada uma delas continua a se transforma. Daqui a alguns séculos, provavelmente, portugueses e brasileiros não se entenderão mais, pois cada povo poderá estar falando uma língua diferente. Não foi o que aocnteceu com o portuguÊs e o espanhol, tão parecidos, tão próximos, mas ao mesmo tempo tão diferents que a compreensão mútua total já se tornou impossível?

Fonte: A Língua de Eulália, Novela sociolinguística. ed. Contexto.

Autor: Marcos Bagno.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A "EDUCAÇÃO" QUE NOS ENVERGONHA!

Venho falando ao maior tempão tudo que Fátima Bernardes tem dito nos últimos telejornais sobre à educação em nosso país.

Parabéns ao JN pelas matérias, concordo em gênero, número e grau porque vivi esta realidade em nossas escolas públicas: escolas destruídas, alunos analfabetos terminando o 5º ano(antiga 4ª série), professores e gestão omissas, etc,etc,etc..........

Talvez, através da fala dos apresentadores do JN, a voz "rouca" de alguns que pretendem fazer do seu ideal uma realidade(alfabetização para todos) seja ouvida e repassada para as autoridades "competentes" no assunto políticas públicas e educacionais.

Um abraço.