terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Auto-estima

FELICIDADE

Os pais podem dar alegria e satisfação a um filho,
mas não há como lhe dar felicidade.
Os pais podem aliviar sofrimentos enchendo-o de presentes,
mas não há como lhe comprar felicidade.
Os pais podem ser muito bem sucedidos e felizes,
mas não há como lhe emprestar felicidade.

Mas os pais podem aos filhos
Dar muito amor, carinho, respeito,
Ensinar tolerância, solidariedade e cidadania,
Exigir reciprocidade, disciplina e religiosidade,
Reforçar a ética e a preservação da Terra.

Pois é tudo isso que se compõe a auto-estima.
É sobre a auto-estima que repousa a alma,
E é nessa paz que reside a felicidade.

Içami Tiba

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sábado, 29 de dezembro de 2012

sexta-feira, 27 de maio de 2011

CELEUMA DO FALAR "ERRADO" OU "ELADO":

Existe na língua portuguesa uma tendência natural em transformar em R o L dos encontros consonantais, e este fe nômeno tem até um nome complicado: rotacismo. Quem diz broco em lugar de bloco não é "burro", não fala "errado" nem é "engraçado", mas está apenas acompanhando a natural inclinação rotacizante da língua. O que era L em latim, nessas palavras, permaneceu L em francês e em espanhol, mas em português se transformou em R. Já em italiano, só para vocês saberem, este mesmo L virou um I: fiamma("flama"), fiore("flor"), pianta ("planta").

Para provar que as características do PNP (português não-padrão) não são "erros" pode-se recorrer a duas estratégias principais:

Primeiro, comparar o PNP com outras línguas vivas e mostrar que nelas também ocorrem fenômenos (e não "erros") semelhants.

Segundo, buscar na história da própria norma-padrão as explicações para determinadas características que aparentemente são exlcusivas do PNP.

Recorrer a história da língua é uma tentativa de mostrar que a língua portuguesa, em todas as suas variedades, continua em transformação, continua mudando, caminhando para as formas que terá daqui a algum tempo. Da mesma maneira como o latim foi se transformando lentamente até resultar nas diversas línguas românticas hoje existentes - italiano, romeno, romanche, francês, provençal, sardo, catalão, espanhol, português -, também cada uma delas continua a se transforma. Daqui a alguns séculos, provavelmente, portugueses e brasileiros não se entenderão mais, pois cada povo poderá estar falando uma língua diferente. Não foi o que aocnteceu com o portuguÊs e o espanhol, tão parecidos, tão próximos, mas ao mesmo tempo tão diferents que a compreensão mútua total já se tornou impossível?

Fonte: A Língua de Eulália, Novela sociolinguística. ed. Contexto.

Autor: Marcos Bagno.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A "EDUCAÇÃO" QUE NOS ENVERGONHA!

Venho falando ao maior tempão tudo que Fátima Bernardes tem dito nos últimos telejornais sobre à educação em nosso país.

Parabéns ao JN pelas matérias, concordo em gênero, número e grau porque vivi esta realidade em nossas escolas públicas: escolas destruídas, alunos analfabetos terminando o 5º ano(antiga 4ª série), professores e gestão omissas, etc,etc,etc..........

Talvez, através da fala dos apresentadores do JN, a voz "rouca" de alguns que pretendem fazer do seu ideal uma realidade(alfabetização para todos) seja ouvida e repassada para as autoridades "competentes" no assunto políticas públicas e educacionais.

Um abraço.

sexta-feira, 25 de março de 2011

ALFABETIZAÇÃO SEM RECEITA E RECEITA DE ALFABETIZAÇÃO




Receita de alfabetização

Pegue uma criança de 6 anos e lave-a bem. Enxágue-a com cuidado, enrole-a num uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula. Nas oito primeiras semanas, alimente-a com exercícios de prontidão. Na 9ª semana ponha uma cartilha nas mãos da criança. Tome cuidado para que ela não se contamine no contato com livros, jornais, revistas e outros perigosos materiais impressos.
Abra a boca da criança e faça com que engula as vogais. Quando tiver digerido as vogais, mande-a mastigar, uma a uma, as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada, no mínimo, 60 vezes, como na alimentação macrobiótica. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.
Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas. Se isso acontecer, considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.
Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita tantas vezes quantas forem necessárias. Ao fim de três anos, embrulhe a criança em papel PARDO e coloque um rótulo: aluno renitente.

Alfabetização sem receita

Pegue uma criança de 6 anos ou mais, no estado em que estiver, suja ou limpa e coloque-a numa sala de aula onde existam muitas coisas escritas para olhar e examinar. Servem jornais, livros, revistas, embalagens, propaganda eleitoral, latas vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim, vários tipos de materiais que estiverem a seu alcance. Convide as crianças para brincarem de ler, adivinhando o que está escrito: você vai ver que elas já sabem muitas coisas.
Converse com a turma, troque ideais sobre quem são vocês e as coisas de que gostam e não gostam. Escreva no quadro algumas das frases que foram ditas e leia-as em voz alta. Peça às crianças que olhem os escritos que existem por aí, nas lojas, nos ônibus, nas ruas, na televisão. Escreva algumas dessas coisas no quadro e leia-as para a turma.
Deixe as crianças cortarem letras, palavras e frases dos jornais velhos e não esqueça de mandá-las limpar o chão depois, para não criar problema na escola.
Todos os dias leia em voz alta alguma coisa interessante: historinha, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhações.
Mostre alguns tipos de coisas escritas que elas talvez não conheçam: um catálogo telefônico, um dicionário, um telegrama, uma carta, um bilhete, um livro de receitas de cozinha.
Desafie as crianças a pensarem sobre a escrita e pense você também. Quando eles estiverem escrevendo, deixe-as perguntar ou pedir ajuda ao colega. Não se apavore se uma criança estiver comendo letra: até hoje não houve caso de indigestão alfabética. Acalme a diretora se ela estiver alarmada.
Invente sua própria cartilha. Use sua capacidade de observação para verificar o que funciona, qual o modo de ensinar que dá certo na sua turma. Leia e estude você também (apud CARVALHO, 2005, p.132 -133).

Livro: Alfabetizar e Letrar
Um diálogo entre a teoria e a prática-Marlene Carvalho / Ed. Vozes
Esse texto foi publicado no Boletim Informativo n.1, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em julho/1989; pelo Boletim Carpe Diem, Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de educação, Prefeitura de Belo Horizonte, ano VI, n.4, jan-fev./1994.